ser ei a
mesma

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

pisa com carinho

Eu não entendo realmente o porque de tamanha confusão que fiz com as palavras para explicar algo tão nítido pra mim. Eu consigo ver, e mais, muito mais, eu consigo sentir, é uma das coisas mais lindas e que cada vez que eu presencio me sinto mais honrada. 
Como que caminhando por uma trilha incerta eu realmente acho que vou chegar ao fim mas não há tempo previsto, e a pressa não é boa amiga nessas horas. Mas até dessa espera eu gosto, (descobri-me nesses últimos tempos adoradora da calma como nunca havia me imaginado antes). E é com calma, a calma que eu pretendo e nem sempre consigo, que eu sigo por entre a trilha, e ela é linda mesmo nas partes mais obscuras, tem um toque de doçura, pois está no verde mais belo já visto por mim. Quero conhecer todos os cantos e subcantos, mas tenho um tantinho de medo, não por mim, nem de longe por mim, eu já estou tomada, a muito tempo sou dela, e não quero sair. Tenho medo por ela, a floresta, que como ja haviam me avisado antes de entrar, é tímida, precavida e acanhada, devo eu então escalar seus morros com cuidado, e conversar com suas folhas sem muito intrometimento. 
Mas eu sei que ela gosta que eu esteja lá ocupando tanta beleza, e aquecendo as árvores mais frias. Sinto que ninguém chegou tão perto, um atrevimento meu, e se estiver errada espero mesmo um dia chegar em tal posição, conhecer da floresta o que jamais outra menina conheceu e isso é uma honra, uma grandíssima honra. Já que a floresta, a agora minha floresta não é fácil de escalar, nem de trilhar, é preciso calma e ah como não , sempre sim, amor, muito amor. E esse à mim sobra por essas folhagens. Vou despejando todo amor no caminho, pela terra, flores, até chegar ao coração da floresta. CHEGAMOS AO PONTO. O coração da floresta, é por ele que mais zelo. ás vezes quando estou andando, mesmo distraída tomo rumos e sinto a vibração constante da terra mudar de ritmo... Me assusto e corro pra lá, e quando chego só quero acarinhar aquele som tão forte que sustenta toda floresta, sentir que ele aos poucos está amolecendo, voltando ao ritmo, dando cor novamente as flores e cheiro a terra. E é dessa sensação que eu mais gosto, saber que ele, o meu verde, a minha floresta está bem, e eu leve levada pra sempre por ela.

2 comentários:

  1. e mais difícil do que sentir o que senti foi saber que não olvidei por um segundo de nada escrito, agora, terminei de ler, e, pra falar a verdade, contei o texto junto com ele.

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